Conselho Mundial da Paz <br> rejeita NATO na Palestina
Reagindo a informações que admitem a possibilidade de a NATO, sob a liderança dos EUA, colocar tropas na Palestina com o alegado objectivo de «garantir» e «supervisionar» a implementação de um plano de paz com Israel, o Conselho Mundial da Paz sublinha que «no ano em que a NATO completa 65 anos de crimes e agressões contra a humanidade e se assinala 15 anos após a agressão assassina contra o povo da Jugoslávia e a criação de um seu protectorado na província sérvia do Kosovo; quando a ocupação militar continua no Afeganistão e no Iraque e novos e recentes crimes foram cometidos contra os povos da Líbia e Mali, consideramos que a NATO nunca serviu ou servirá a paz em qualquer região do mundo, especialmente no Médio Oriente, onde estão sendo aplicados abertamente os planos imperialistas».
«A presença da NATO no Médio Oriente só serviria os planos dos EUA e respectivos aliados de garantirem a sua influência e dominação sobre a região», acrescenta o CMP no texto datado de 6 de Fevereiro e assinado pelo seu Secretariado, no qual se expressa, também, «a solidariedade para com o povo palestiniano na luta contra a ocupação de Israel e pela criação de um Estado independente dentro das fronteiras de Junho de 1967, com Jerusalém Oriental como sua capital».
«A solução de dois estados não pode e nunca será garantida pela NATO, que constitui o braço armado do imperialismo que apoia há décadas a ocupação israelita», insiste o CMP, que reitera, ainda, o seu apoio aos «esforços do povo palestiniano e da sua liderança para reivindicarem o reconhecimento da Palestina como membro de pleno direito das Nações Unidas», e reafirma as suas posições em defesa da «remoção do "Muro de Separação" na Cisjordânia, do levantamento do bloqueio a Gaza, do fim da ocupação dos Montes Golán, na Síria, e das Quintas de Shebaa, no Líbano, bem como o desmantelamento dos colonatos ilegais israelitas em território palestiniano».
O CMP exige igualmente «a libertação de todos os prisioneiros palestinianos das prisões de Israel» e defende «o direito dos refugiados palestinianos a regressarem à sua terra», concluindo que «um possível envolvimento directo da NATO na região apenas deterioraria as tensões e conflitos existentes, com consequências ainda mais negativas para os povos do Médio Oriente e da própria Palestina».